A cidade de Diamantina teve sua formação com a descoberta e exploração do ouro no vale do córrego do Tijuco, em 1713, pela bandeira liderada por Jerônimo Gouveia que, partindo do Serro, acompanhou o curso do rio Jequitinhonha até atingir a confluência do córrego Pururuca e Rio Grande. Os primeiros povoados se instalaram no lugar denominado Burgalhau (hoje Rua do Burgalhau, Rua do Espírito Santo e Beco das Beatas), mas o crescimento do povoado se deu a partir de 1720 em decorrência da descoberta do diamante.
Durante este período de formação histórica baseada na mineração, a cidade de Diamantina conservou significativas referências culturais do período colonial, mantendo um rico acervo, sobretudo arquitetônico e urbanístico. Desta forma, o centro urbano de Diamantina apresenta uma configuração característica das cidades do período colonial, com um padrão irregular, com arruamentos transversais à encosta, marcados, principalmente, pelas ruas paralelas com pequenas variações de abertura ou desvio de alguns becos e ruas estreitas.
No conjunto arquitetônico, a cidade conta com monumentos significativos para a história da arte e da arquitetura no Brasil dos séculos XVIII, XIX e XX, como as igrejas das Mercês, do Amparo, do Carmo, do Rosário, de São Francisco de Assis, do Senhor do Bonfim, bem como a Casa do Forro Pintado, o edifício do Fórum, o Mercado Municipal, o Museu do Diamante, a Biblioteca Antônio Torres, a Casa da Chica da Silva e os prédios projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer: Hotel Tijuco, Faculdade Federal de Odontologia de Diamantina, Escola Estadual Professora Júlia Kubistchek e Diamantina Tênis Clube. A arquitetura civil da cidade também é uma referência especial com ausência de casas térreas, ficando em destaque os conjuntos de sobrados. O centro histórico de Diamantina também é dotado de excepcional beleza por sua composição com a Serra dos Cristais, formando um dos conjuntos paisagísticos mais significativos de Minas.